22 de nov. de 2013

Eu vendo o tempo passando...


Às vezes, tudo o que a gente precisa é tempo... Horas, dias, meses, depende... É vital respeitar as necessidades de se ensimesmar, de olhar para trás, observar em perspectiva, de se autoavaliar, de se punir e de se perdoar. Sartre disse que o inferno são os outros, mas eu acho que nós é que somos diabos de nós mesmos. 
O cão e o anjo estão dentro do juízo, encarcerados em nossas insatisfações e anseios, ávidos por liberdade. Costumeiramente, o cão é mais brabo que o anjo, cabendo a você fazer a contenção de seus impulsos. Você os solta quando quer ou quando precisa, com a prudência de saber distinguir desejo e necessidade.
Não acho que o tempo é o senhor da razão, nós mudamos nossas razões com o tempo. O que tanto incomodou no passado hoje pode nos soar irrelevante. Vale o contrário: aquela dor que nem doía tanto hoje lateja incessante. Há hora para ser plural e há hora para ser singular. Há hora para ser cão, há hora para ser anjo. Não acredite, não acredite mesmo em quem manifesta apenas um deles.
Antecipar-se ao próprio tempo é como adiantar acontecimentos que não existiriam se você se satisfizesse com paciência, esperança, perseverança. Não importa se depois disso tudo você achar que nada mudou. O tempo jamais passa incólume. Esteja certo: ele sempre nos tira um pedaço, acrescenta outro e, com isso, e a gente muda.

Nenhum comentário:

Postar um comentário