20 de jun. de 2012

  • Saudades do Imaculado

  • Deu vontade de escrever sobre o Colégio Imaculado Coração de Maria, onde estudei, em Olinda. Talvez por conta do falecimento de minha professora do Ginásio, chamada Mariana Ramos, cuja missa de 7º dia irá acontecer nesta quinta (21), às 21h, lá mesmo na escola . Hoje eu vejo como foi importante para minha formação ter estudado lá e ter ido às missas diárias, entrando pelo portão da Capela , já que a entrada principal estava fechada às 6h,hora em que eu costumeiramente chegava.
  • Na verdade, a saudade que mais preenche o vazio que tem meu coração é exatamente dos anos que lá passei, ao lado de amigas que mantenho até hoje, como Karina e Sheila. Tenho saudade da banda; da disciplina e dos conselhos de Ricardo Cavalo; das chatices de Irmã batatinha, que reclamava que eu não sentava direito (aprendi); do rigor de Irmã Adélia, que me fez não apenas estudar, mas a amar apaixonadamente a Língua Portuguesa; os olhos verdes de Irmã Lúcia e a vontade que tínhamos de puxar o seu véu.  Lembro da morte trágica de Tatu, nosso guardião de metro e meio de altura; dos fatos e boatos sobre Grace Kelly; de ser chamada na sala do SOE para falar com Tia Márcia; de ouvir centenas de vezes Tia Márcia perguntar o que eu estava sentindo e eu dizer: nada! E eu sentia tanta coisa...
    Sinto falta das aulas de handebol com Ney, que mal aguentava o corpo dele. No basquete, era Ênio Formigão, marido de Cléa, que depois quis entrar para a política. No vôlei era Marcos, marido de Kátia. Vez em quando vejo um deles. Mesmo morando no Recife, mantive meu título de eleitor lá em Olinda, pois é no Imaculado em que voto e revejo essa gente.
    Eu nunca entendia como Carmelita, tão gordinha, era professora de ginástica de solo. E eu também não entendia nada das aulas de Geometria de Eliane. E devo dizer que durante todos esses anos, nunca precisei usar tudo o que aprendi sobre seno, co-seno, tangente, medianiz e mediatriz. Que conhecimento nulo! Eu podia ter passado sem isso!
    Eu me arrependo até hoje de ter colocado um chiclete na cadeira de Marlene, que disse para todos que era coisa de gente mesquinha. E era mesmo, principalmente porque a calça dela era branca e nova. Eu sinto falta até da chata da Auristela, que me colocou de recuperação, em História, só porque eu risquei a frase que ela colocava em todas as provas: “Deus é amor”. Anos depois é que fui entender o que é deus e o que é amor. Bem feito para mim. Hoje eu acordei com saudade e quero ficar com essa nostalgia pelo resto do dia.  Dá licença.

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